Em entrevista pré-eleições nossa CMO Ana Paula Thesing decorreu sobre como business intelligence e analytics ajudam a buscar caminhos que evitem a corrupção.
Trabalhos complexos de levantamento e interpretações de dados podem ser feitos de forma mais rápida.
O momento é de pré-eleições. Apreensão e dúvidas sobre se e como os próximos governos farão seu trabalho da melhor forma para que o dinheiro público seja empregado com eficiência, devolvendo melhorias à sociedade, e para que seja combatido e afastado o fantasma da corrupção.
A questão central, no entanto, é sobre que ferramentas podem ser utilizadas para atingir estes propósitos. E embora a resposta não seja uma só, há um recurso que desponta entre as estratégias a serem adotadas: a tecnologia.
Dentre as práticas que podem ajudar as gestões públicas a governar de forma mais assertiva, eliminando burocracia e buscando resultados palpáveis, está o uso dos dados. Ou melhor, o trabalho destes por meio de soluções de Business Intelligence e Business Analytics.
Conforme muitas empresas já estão aprendendo na prática, este é um ótimo momento para utilizar ferramentas de BI e abraçar uma cultura de dados, usando o Analytics como catalisador de uma transformação nos serviços públicos. Mas falando especificamente de governo, estas ferramentas podem, sim, ajudar em procedimentos para evitar corrupção e detectar quando o dinheiro público está sendo mal utilizado.
Como? Uma das formas é analisar dados para detectar condutas indevidas, o que não é algo novo, mas ,com certeza é um trabalho burocrático e demorado, que envolve informações pouco estruturadas e muita papelada.
Essa é a lacuna que o Analytics preenche. Trabalhos complexos de levantamento e interpretações de dados podem ser feitos de forma mais rápida por meio de soluções de BI e BA, conferindo se o dinheiro destinado a determinadas ações está realmente sendo gasto do jeito certo.
Regras assim já são utilizadas em grandes empresas multinacionais para a conciliação de dados, evitando possíveis sonegações e condutas de corrupção dentro de suas operações. Seguindo este bem-sucedido exemplo, o uso do BI e Analytics como ferramenta de compliance no segmento estatal pode ser feito de diversas formas - e isso vale para todo tipo de gestão pública, desde instâncias federais até prefeituras, secretarias e autarquias.
Com regras bem definidas e um compromisso ativo de garantir as boas práticas na gestão do dinheiro público, a análise dos dados por meio do BI permite ver diversas fontes de informação em tempo hábil para identificar anomalias e atividades suspeitas. Proposição que ganha ainda mais fôlego quando se pensa nos avanços da esfera pública em relação à digitalização. De acordo com pesquisa do Governo Federal, hoje cerca de 40% dos serviços públicos do Brasil já estão digitalizados.
Ainda que o investimento massivo em tecnologias como BI e BA no setor governamental brasileiro tenha um longo caminho a percorrer, é preciso dar início ao fomento destas iniciativas. O caminho para políticas mais transparentes, bem embasadas e, por conseguinte, eficientes, passa diretamente por isso.
O presente e o futuro da eficiência de estratégias de gestão está nos dados. Não é o segmento público que ficará de fora disso: toda organização precisará do respaldo das informações de suas áreas, comandos, envolvidos e operações para funcionar de forma correta e eficaz.
Na análise ágil e assertiva das informações está o ponto de partida para toda boa decisão, ajudando no faturamento, na conformidade com a lei e em muitos outros benefícios. Fica, então, o desafio: se, como muito se fala, um bom político deve governar como um empresário, por que não dar aos governantes ferramentas tão ágeis quanto às das empresas privadas? O BI e o BA são duas delas, e não podem ficar de fora.
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