Um dos indicadores-chave para o setor de Recursos Humanos e para as organizações como um todo, o turnover vem figurando como fator recorrente no cenário de altíssima competitividade do mercado de trabalho atual.
Com isso, a análise de indicadores de rotatividade, desde que apresente dados estatísticos que possibilitem visualizar pontos críticos no que diz respeito à mão de obra, tornou-se uma ferramenta indispensável para a boa gestão.
O turnover pode ser classificado em três conceitos chave:
1) O indicador macro aborda a quantidade de colaboradores que entram e saem da empresa, a chamada rotatividade. Esse fato pode desencadear uma série de processos que, se não forem tratados corretamente, podem vir a causar danos nos setores envolvidos.
A fim de aprofundar a análise, podemos visualizar o conceito de “turnover de desligados passivos”, caracterizado pela quantidade de colaboradores que foram demitidos pela empresa. Esta característica pode ser reflexo de treinamento interno, adequação dos colaboradores à cultura da empresa ou, ainda, corte de gastos.
2) Em contrapartida, este indicador aponta o número de colaboradores que pedem demissão, desencadeando uma série de processos para remediar a situação - desde os trâmites da rescisão, passando por um processo de recrutamento, até o treinamento do novo colaborador, ou seja: deve-se buscar soluções, com ações preventivas, para que esse processo possa ser evitado.
Situações como essa demonstram não apenas fraquezas: ao contrário do que se possa imaginar, mostram, mais fortemente, pontos de possível melhoria interna.
3) Por último, e não menos importante, o “turnover de admissão” manifesta o número de colaboradores que deixam a empresa antes de completar seis meses de admissão, o que pode indicar problemas no momento do recrutamento, como levantamento de perfil e qualificação profissional.
A fim de aprofundar esses indicadores e buscar os motivos que possam estar na causa raiz da rotatividade, se faz pertinente analisar todos estes dados pelas diversas perspectivas possíveis: período, setor, atividade e nível hierárquico, por exemplo.
É neste momento que podem vir à tona alguns problemas internos, passíveis de interferir e comprometer o desempenho dos colaboradores e da organização como um todo.
É importante perceber que, muitas vezes, os problemas internos podem ser tratados analisando informações próprias, que, quando tratadas corretamente, permitem análises profundas, tanto para identificar problemas, quanto para nortear a busca por soluções.
Uma estratégia que exige informação e boa análise desta. Trabalhar em cima de evidências permite aos gestores instigar o aperfeiçoamento de pessoas e processos, culminando na melhoria contínua de toda a organização.
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